quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Cênico Funcional (treinamento para higiene do corpo voz)

  Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:

7º ENCONTRO

Por Deusa Sofia
Atriz

Nesse reencontro pós recesso percebi um cansaço maior e nem foi devido a estar parada por muitos dias, continuei minhas corridas (menos regulares) e o pilates mas claro, nada isso não supre a intensidade das cenas que fazemos. 

Logo no aquecimento respiratório do exercício fole, senti tonturas, uma oxigenação mais intensa, suei bastante. 

Destaco durante as cenas a execução do exercício com cinturão de explosão, ainda um desafio muito grande pra mim, pois exige muita forte no core e é justamente onde ainda estou fragil. Mas procurei não me condenar, ainda bem que posso ter essa consciência e trabalhar em cima disso. É uma honra, uma sorte e uma alegria ter orientações sinceras e especializadas para tal. 

Nas cenas extras foi proposto um exercício de relaxamento e meditação guiada. Me surpreendi como me entreguei tão rapidamente, durante a semana devido a problemas pessoais, tentei muitas vezes sem sucesso meditar, mas ali consegui relaxar e criar imagens relaxantes que eu sinto que ainda verei. 

Reencontrar os colegas na mesma energia e alegria foi um bálsamo de Esperança ❤️

21.01.2021

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Por Àllex Cruz
Ator

Um novo ano se inicia e as poucos voltamos ao trabalho, buscando foco, esperança, fé e derramando muito suor. As sensações de reencontro são sempre bem vindas e nos faz bem, foi assim que comecei o primeiro cênico funcional do ano, além da vontade de continuar o trabalho que, durante o recesso por me envolver mais com teoria acabei deixando um pouco de lado as práticas, porém ainda continuar no estudo da respiração, mesmo que de uma forma não muito diária.

O Trabalho na verdade se iniciou bem antes de chegar no local, durante o momento que acordei eu já estava me preparando, ou talvez no dia que o Adriano nos avisou do retorno? A vontade de estar ali suando, retornando essa lavação corpórea vocal através de cada uma das cenas me empolgou bastante. Não tive grandes dificuldades durante os exercícios das cenas, claro que na primeira cena sempre é um momento  de reconhecimento para que depois as coisas fluam.

Iniciei e levei todo o trabalho ainda exercitando o que a Silmara já havia nos passado no encontros anteriores, a concentração, consciência da respiração, as minha explosões involuntárias, entre outras coisas internas e externas que são de forte importância para esse processo.

Por fim a Silmara nos recebe no exercício extra fazendo um momento de encontro de mim comigo mesmo, através de um momento de meditação. Onde pude viver internamente sensações novas e totalmente irreconhecíveis para mim, completamente diferente das meditações que tento fazer por mim mesmo, em que no fim foram liberadoras.

Assim mais um ano se inicia para mim e o Coletivo, não sei se ainda é novo pois parece que tudo está voltando ou continuando, enfim, estou tentando não criar expectativas do porvir, algo bastante difícil para mim, mas tenho que viver o agora e continuar trabalhando.

21.01.2021

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Por Walba Soares
Ator

A experiência do retorno das atividades, depois de um recesso intenso, me impulsiona a entender mais o trabalho corpóreo-vocal com mais “escuta” e consciência. O Início parte de exercícios de ativação, reações e alinhamento com essa coluna respiratória de onde parte e colabora para o desenvolvimento do trabalho cênico-funcional. Essa respiração parte de um ponto que ativa demais área do corpo de forma a ser trabalhada (oxigenada) constantemente.

Como reação é a busca de destravar e fazer com essa respiração flua em cada parte com organicidade e compreensão de cada estímulo. Meu corpo precisa estar disponível para o trabalho, para que aja uma integração de cada momento e ação do treinamento.

Para a parte seguinte do trabalho das cenas, o desafio de poder passar cada uma das cinco etapas, se torna vantajoso, quando eu me conscientizo da dinâmica, funcionamento e economia de energia, para cada atividade executada. Um trabalho de escuta e concentração sempre, um movimento sem controle ou desorientado, pode levar reações inesperadas do organismo como um todo. Além da busca pela superação dos meus limites de maneira consciente e integral (corpo mente e espírito).

A etapa seguinte do trabalho proporciona uma reconecção comigo mesmo com a terra e o espaço. Um trabalho de muita sutileza e ativação do meu corpo. Partindo de um relaxamento e meditação guiada, que me faz ver uma luz (amarela) transcendente, que me guia o tempo todo, diante de imagens já vivenciadas. Enfim um reencontro de abastecimento de energia, equilíbrio e autoconhecimento.

21.01.2021

Cênico Funcional (treinamento para higiene do corpo voz)

 Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:

6º ENCONTRO

Por Àllex Cruz
Ator

O último Treinamento Cênico Funcional do ano de 2020 permeou em mim na continuidade de um reforço sobre as percepções internas e externas, como esses entendimentos nos ajuda a encontrar presentificação diante esse trabalho que não exige metade do atuante, sim uma completude. A descoberta de nossas fragilidades psicofísicas e que afetam o trabalho na cena foi um dos pontos importantes para esse treinamento, pois a cada encontro era o momento de acolher, entender para que nas próximas quintas-feiras fosssem superadas, mesmo que seja um pouco.

 Assim tem sido na minha luta pela consciência respiratória e das explosões e gasto de energias inconscientes. O primeiro momento do aquecimento de presentificação, foi algo necessário também para o meu eu pessoal diante a limpeza que cada exercício proporcionou.

Destaco o exercício com posição de saudação com a testa no colchonete, a sensação flutuante zerou o dia , era como se eu estivesse acabado de acordar depois de um longo descanso com visualizações de locais que eu não lembro, mas que estão em mim. Nós sabemos que a respiração é essencial para vida, mas ter consciência do que seja realmente respirar tudo vai para  dimensões grandiosas. 

Mas uma vez minhas explosões energéticas quase me sabotam na execução das cenas de cada ato do treinamento. Principalmente na escada onde foi de início três tentativas para tentar iniciar, logo depois por toque da Silmara Silva nossa condutora nesse trabalho, eu pude pausar e voltar a concentrar no que eu precisava trabalhar internamente para fazer o que me era proposto externamente. É muito complicado entender muitas coisas que estão em nosso ser.

Nada que envolve nosso trabalho como atuante da cena deve somente surgir do que está exposto externamente, é preciso um estado de jogo entre o que está visível e invisível no corpo mente, nesse encontro dinâmico e fluido que nos proporciona entender até mesmo o pode parecer simples, quando na verdade é bem mais profundo do que se pode imaginar,  como no exercício de Frescoboll e improviso onde foi dado mais um passo, e é assim que é o processo de aprendizagem, um passo de cada vez. 

O jogo entre o interior e o exterior é bem mais profundo do que se imagina e nada fácil, é nessa relação única que são criadas as “ações físicas”, nós atuantes temos que internalizar e entender de uma vez por todas que não se faz arte sem o que corresponde internamente. Porém, entender como tudo isso se forma em ações físicas é muito difícil, por esse motivo que é preciso muito estudo e prática. Na busca pelas ações físicas ou os sintomas dessas ações, eu senti uma força que veio de Mamãe Oxun provocada pela música, essa força levou-me ao caminho para fim e recomeço.

Ser artista é ser generoso, entregar-se profundamente, ter disciplina e trabalhar muito. Assim por fim quero agradecer a generosidade, dedicação e paciência da Silmara Silva como pessoa e atriz diante essa troca, minhas sensações são de muita Gratidão. Que continuemos trabalhando, Evoé!

10.12.2020

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Por Walba Soares
Ator

De início do processo, tudo parte de um controle, limpeza e conscientização da respiração, de forma que todo ação possa ser gerada de maneira fluente. Seguindo para um ponto de energia específico e levando a mesma para a parte tórax da coluna, isso me desperta e me desafia a procurar esse ponto. Esse eixo central ao longo do trabalho será delineado ao longo de todo o desenvolver do trabalho, com atenção e equilíbrio para o que virá pela frente. A proposta seguinte parte de um exercício “QUI”, que deverá ser executado numa postura “fetal”, testa tocando o chão, corpo inclinado e sobre as pernas e braços de lado e soltos, sempre sem tencionamentos dos membros. Partindo disso é feito e pronunciado repetidas vezes esse “QUI” de forma grave, levando a intenções, a um estado de limpeza, foco na respiração torácica, intensidade, variações, sentimentos... Enfim uma experiência incrível de possibilidades e transcendental desse corpo alinhada à respiração. Faz-me sentir múltiplas sensações à medida que era executado e perceber como esse som é transmitido e que vaza para todo o corpo, que projeta sensações, “subtextos”, etc. Indo para a execução das cenas depois da primeira parte, a sensação é de consciência, tranqüilidade e energia aflorada. O controle consciente dessa respiração é base para cada uma das “cenas” até o final do “espetáculo” com energia suficiente, sem esgotamento ou desgaste desnecessário. Chego à parte seguinte do processo cênico-funcional para etapa do jogo da improvisação, alinhado com o que foi trabalhado anteriormente, em que é proposto junto ao (frescobol) contar uma história a partir do tema sugerido sem deixar a bola cair, buscando possibilidades possíveis. Trabalho este que me exige concentração, limpeza da mente e estar presentificado. Um jogo que me permite contracenar mesmo sozinho em cena com o outro e comigo mesmo. Um trabalho sempre complexo lidar com o improviso, de estar em constante inquietação, em estado de desconforto e vigilância de si em cena. A última parte deste processo é a “dança pessoal” em que a proposta será desenvolver e criar ações físicas orgânicas. Meu caminho parte de me conectar ao espaço, me auto observando por dentro e deixando que o “mantra” dado como estímulo possa me preencher de forma que meu corpo entenda e transmita exteriormente. Num primeiro momento isso é confuso, me bloqueia até o ponto em que eu passo a fazer o corpo, o espaço, sentimentos se interligar. 
Descrevo como um trabalho desafiador, integral, que requer um estudo e aprofundamento, para poder apropriar-se disso de formar autêntica e verdadeira. GRATIDÃO!

10.12.2020

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Por Deusa Sofia
Atriz

Nesse sexto encontro me senti animada e disposta, com vontade de fazer e feliz em estar fazendo. Logo no início buscamos respirar e presentificar como sempre, buscando dessa vez, pensar na região torácica do corpo. 

Experimentamos o vocalise "ki" exercício na postura da criança do Yoga. Senti em algum momento que minha voz me hipnotizava, tanto o som quanto a vibração dentro da cabeça. Tudo ficou vermelho na minha visão, não consegui ouvir meus colegas e a voz parece que não saía de mim e sim do meu coração. Eu estava numa floresta, sozinha. Só notei quando terminei que durante o processo chorei e babei muito.

Fui mais feliz hoje no cumprimento das cenas mas me preocupei muito com a coluna me distraí em decorar os vocalises.
No exercício de fresco ball observei com atenção como fez Adriano e mesmo com pouca luz entendi de alguma forma como manter a bola ali. O improviso foi provocado pelos colegas e individual, o que tornou ainda mais desafiador e envolvente. É sempre bom ver o que sai do pensamento do outro em situações assim.

No momento final e de criação, a condução da criação de uma ação fisica foi proposto tendo como elemento gatilho um mantra. Na hora me lembrei do processo do prólogo do Sonata de Amores, não e busquei trabalhar algum arquétipo sem pensar muito, experimentando o que vinha. 

Me ocorreu rezar e ver o que essa oração me dizia no corpo. A oração foi "Assim na Terra como no céu", eu aceitei o que pudesse vir se fosse da vontade divina, mesmo que não viesse um corpo.

Quando fui instigada a pensar que seria minha apresentação final, um tremor aconteceu, veio da planta dos pés até a garganta. Eu queria entregar tudo. Mas foi complicado: quando eu ia, ia demais e a respiração ficava difícil e eu não entrava no apoio. 

Quando fui provocada a pensar na minha morte, eu me vi morrendo na minha última apresentação e foi lindo e triste. Mas era como se fosse certo e eu não me senti sozinha, como na prática do vocalise do início (ki). Vizualizei pessoas me esperando, me apoiando...

 Eu senti alegria, porque apesar de triste era bonito morrer assim. 


Tive dificuldade em fixar os movimentos da partitura e cada um deles estavam me levando pra um lugar emocional diferente sempre que surgiam.

Sinto um tremor no corpo todo até agora.

10.12.2020

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Por Luciano Melo
Ator

INTEGRALIDADE – uma meta do artista. E para o artista de teatro é fundamental para o trabalho performático. Corpo, voz, emoções, mente, tudo integrado para a expressão performática do ator. O ator é a materialidade de sua criação. A criação está na totalidade de si que se expõe aos expectadores.

Os trabalhos educativos para o desenvolvimento da arte do ator podem ser sintetizados na expressividade integral.

Primeiramente, os exercícios de respiração e plenificação do corpo. O foco de energia e respiração concentrado na região torácica da coluna. A partir disso, o corpo todo se rearranjava: o apoio do abdômen para o equilíbrio, o relaxamento dos braços, as pernas apoiadas e sustentando um corpo em estado de prontidão para as ações, a atenção redobrada, tudo em estado a serviço da criação.

Exercícios de alongamento associados com uma respiração que ampliam as possibilidade do todo físico, emocional e espiritual do atuante. Uma sensação de plenitude vivificante: tudo na minha integralidade vivo e disponível para os exercícios propostos. E, ao mesmo tempo, uma consciência que observa, corrige e grava em alguma modalidade de memória tudo o que está sendo vivido. A arte do ator como uma experimentação plena consigo voltada para a expressão que comunica aos outros.

Depois, os exercícios de energia, equilíbrio, extensão corpóreo-vocal... Tudo sob a consciência vivencial do atuante. Este coordena os três atos de exercícios corpóreo-respiratórios (os atos organizam cinco modalidade de exercícios feitos em sequência). A consciência vivencial do atuante amplia a intensidade, estimula a respiração, explora suas possibilidades de equilíbrio, exercita a atenção, disponibiliza-se para ampliar as possibilidades corpóreo-respiratórias.

Um atuante precisa de um corpo forte (resistência aeróbica, potência energética, respiração instauradora do equilíbrio entre resistência e potência). Como uma partitura de um espetáculo, o atuante necessita de resistência para sustentar com vivacidade e verdades todo um espetáculo. Do mesmo modo, precisa empregar sua potência energética para vivenciar momentos mais fortes do espetáculo. E, em todo o decorrer do espetáculo, precisa conduzir seu trabalho como um maestro – a respiração garante equilíbrio e atenção inspiradores.

O exercício de improvisação com a raquete e bola. A bola estimula o trabalho de improvisação. Um tema é dado pelo colega e ao envolver-se com a raquete e a bola, o atuante é provocado a criar. Uma criação pela entrega e envolvimento. Uma atenção intuitiva que amplia à medida que a dedicação do ator é ampliada. Basta fazer pela entrega integral.

Por fim, a exploração das ações físicas. Sob o estímulo de um mantra, os atuantes foram estimulados a criar uma partitura integrada de quatro ações físicas. Ouvir o mantra. Sentir o espaço, sua respiração, as pernas e seus apoios sobre o chão, a noite que nos abraça e o mantra estimulando o ato de criar. Sem pressa. Sem querer resolver racionalmente. Apenas a integralidade do ator em ação. Ação física precisa expressar uma vontade interior (não se confunde ação física com movimento ou um simples gesto). É uma célula de expressão criativa do ator que comunica.

Assim, uma intencionalidade interior vai sendo construída pouco a pouco em integração com o mantra, as explorações corporais, a respiração, as emoções... um primeiro rabisco de ação física... exploração desse germe de criação... tudo se integrando... daquela ação parte-se para outra... percebe-se suas possibilidades... vive-se plenamente... mais outra ação... o corpo já está em outro estado... a respiração também... uma partitura de emoções e intenções vão tomando conta do trabalho... o todo do ator vai se transformando pelo envolvimento com as ações físicas em estruturação... sugestão de “contenção”... “desafie-se a explorar o espaço”... “doe para a plateia”... essas orientações externas vão, pouco a pouco, sendo incorporados ao trabalho... as ações físicas vão se tornando orgânicas e plenas para o ator que experimenta e cria...

A integralidade do ator é a chave.

10.12.2020

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Cênico Funcional (treinamento para higiene do corpo voz)

 Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:


5° ENCONTRO

Por Walba Soares
Ator

Neste encontro, parto do princípio cerne do trabalho que é a respiração, a base para que o trabalho possa fluir de forma orgânica e potente. Os exercícios me fazem sentir bem e me fazem buscar uma consciência de como uso meu material cênico (corpo) com o trabalho a ser desenvolvido de limpeza e consciência sobre essa “coluna respiratória”.

No decorrer do processo surge a questão de como me avalio e os diagnósticos sobre o trabalho cênico-funcional segundo minhas particularidades. O que até então percebo o quanto é importante usar bem o trabalho respiratório nas diversas possibilidades não somente na cena, mas também no cotidiano, tendo em vista que esse treinamento possibilita usá-lo em diferentes circunstâncias da vida. Uma busca constante de vigilância, consciência e atenção das minhas fragilidades. Entendo e vejo que minha respiração quando não é trabalhada de forma controlada (ar que entra e sai), consciente, o fluxo respiratório de inspirar e expirar se torna desproporcional diante do processo. Daí é necessário ver como meu cérebro “pensa e ver” mediante esse organismo em busca da complexidade de aperfeiçoar o trabalho cênico e entender meu organismo vivo.

A improvisação me conduz a passos que até então achava que não pisaria por conta das barreiras sempre imposta por mim mesmo. E quando isso tem que ser feito em forma de jogo (frescobol) e simultâneo ao texto, corpo e voz, isso me leva a explorar campos de atenção, quem me desafia o tempo todo, como forma de auto investigação de si mesmo e exploração no campo da contracenação com o outro, o que me liberta e me instiga.

O trocar com o outro é sempre um novo desafio a ser explorado de maneira respeitosa e mútua, no desenrolar do processo. A troca e interação com o outro me leva a entender o quão importante é o presente, o aqui e o agora. A ação a favor da autonomia, a escuta atenta e o a busca constante pela maturidade estética.

03.12.2020

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Por Deusa Sofia
Atriz

Iniciamos a atividade procurando equilibrar e presentificar por meio da respiração. Percebi minha respiração pesada e curta afetada por acontecimentos recentes que exigem aceitação. 

Cada um compartilhou um parecer sobre o processo nesse quinto encontro de cênico funcional, eu procurei resumir em três  palavras: consciência, entendimento e prática. Tenho tentado buscar entender essa prática de forma consciente. É um processo. E todo processo tem seus altos e baixos. Hoje foi um dia de "baixos": logo na primeira cena semti fisgadas no pé esquerdo e na segunda cena senti uma forte vertigem e não pude concluir a atividade com os companheiros. Isso me incomodou bastante e foi justamente por conta do ponto central desse cênico funcional: uma falha na respiração. 

No improviso outro diagnóstico: não encontrei o ponto de prolongamento com o fresco ball, e é pratica mas também é principalmente, entendimento. 

No momento de dança pessoal, provocada pela minha frase, procurei trabalhar as sensações e cenários em mim mas tive uma real conexão com meu companheiro de cena, Állex Cruz, somente quando olhei bem pra ele nos olhos. 

Todos esses obstáculos são e devem ser um alimento para descobrir e melhorar e não bloquear. Uma sensação de gratidão pelas orientações e paciência ficou muito forte em mim hoje. Me senti com muita sorte pela oportunidade que o universo me deu de estar com meus companheiros de trabalho ali, mesmo depois de tudo.

03.12.2020

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Por Àllex Cruz
Ator

Entender que o trabalho de busca por uma consciência do seu psicofísico como um todo (mente/corpo/respiração/espírito) é uma tarefa diária nada fácil, que dever ser entendida, internalizada e praticada, é algo que o atuante não pode fugir.

As perguntas provocadoras e também  como feedback,  foi o marco para o início do nosso quinto encontro, elas nortearam todo o trabalho do dia, assim foi como chegou à mim. Por isso procurei centrar todo o trabalho interno e externo nessas revelações, pois sabendo do problema fica menos difícil cuidar.

Esse foi de certa forma o funcional cênico em que eu mais ativei o modo da autovigilância, indo de encontro sempre com o controle de minhas explosões corpóreas para assim economizar energia dentro da execução de todas as cenas. Claro que de início nada se organiza por uma vez, mas é importante dá o primeiro passo, e esse será um dos meus trabalhos fixos para os outros encontros que virão pela frente e claro em meu cotidiano.

O exercício extra com o frescoboll ou “frescocena”(palavra usada pela atriz Deusa Sofia) eu pude ir de encontro com o entendimento dessa extensão do meu corpo que é a raquete e a bola, assim tive um ganho com a perda da tensão no ombro. Não consegui avançar segundo o que foi proposto, infelizmente, porém isso não me afeta de uma forma negativa, pois eu tenho consciência de que tudo é um processo e eu tenho que fazer minha parte para que esse processo continue gerando e ampliando.
O último trabalho em dupla para criação de partituras através da improvisação tendo como mote uma frase, me atentou sobre as leituras que podemos ter diante o trabalho dos nossos companheiros de cena, e que as trocas vividas no jogo são como o teatro, únicas. A frase que me ficou nesse trabalho foi: O Improviso é o jogo do agora.

03.12.2020

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