sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Troféu " Os Melhores do Teatro Piauiense" - Ano 2013

    
Foto: Silmara Silva




O teatro piauiense tem avançado significativamente nos últimos anos, seja na parte técnica, artística e estética, demonstrando um grande avanço na profissionalização da área.

Grandes nomes do nosso teatro marcaram época deixando um legado que merece ser não só conhecidos mais reverenciados, para conhecimento das novas gerações. Da mesma forma, nomes da nova geração se destacam angariando aplausos e ganhando prêmios para a honra do nosso teatro.

Ao propor a realização do Troféu – Os Melhores do Ano do Teatro Piauiense, em parceria com entidades afins, A & C Assessoria e Promoções Culturais, tem como objetivo principal incentivar e elevar o nível artístico e técnico dos espetáculos produzidos no Estado do Piauí de forma salutar.

Atores, atrizes, diretores, dramaturgos e técnicos nas diversas áreas do teatro, entidades culturais, produtores e incentivadores, enfim, todos aqueles que fazem, trabalham e incentivam o teatro serão agraciados anualmente com o Troféu – Os Melhores do Ano do Teatro Piauiense.

A cada ano o nome do troféu homenageará uma personalidade do teatro do Estado, que tenha relevantes serviços prestados em sua área de atuação, emprestando seu nome aos melhores do ano.

Desta forma, a A & C Assessoria e Promoções Culturais e a Grande Otelo Companhia de Teatro, associar-se-ão a outras empresas da área, entidades culturais, empresas públicas e empresas privadas, para melhor oferecer um evento digno do talento de todos os ganhadores do troféu, numa grande cerimônia pública.

Ao propormos o Troféu – Os Melhores do Ano do Teatro Piauiense, esperamos, também, propiciar e elevar a autoestima de nossos artistas, buscando colocá-los no patamar que merecem.

Por Ací Campelo.

O Coletivo Piauhy Estúdio das Artes agradece pelas indicações para o Troféu "Melhores do Teatro Piauiense 2013" - A premiação aconteceu dia 21 de Novembro, às 19:30h, na Galeria do Clube dos Diários.


INDICAÇÕES:
Melhor Espetáculo: "FOGO"
Atriz Revelação: Erica Smith
Melhor Ator: David Santos
Melhor Cenógrafo: Vitor Sampaio
Melhor Diretor: Adriano Abreu
Melhor Autor: Adriano Abreu
Melhor Sonoplasta: Arnaldo Pacovan
Melhor Iluminação: Pablo Gomes

Saudações Culturais!!!

terça-feira, 12 de novembro de 2013


Impressões do Professor, Dramaturgo e Escritor Ací Campelo sobre o espetáculo "FOGO"

Um grito solto no ar!

Fogo, espetáculo do Piauhy Estúdio das Artes, com texto de Adriano Abreu, baseado no conto homônimo de Vitor Gonçalves Neto, teve sua estreia no dia 11 de outubro na Galeria de Artes, do Club dos Diários com uma boa plateia.

Como forma de contextualização, o espetáculo trata de construir cenas sobre os incêndios ocorridos em Teresina, na primeira metade da década de 1940, quando era interventor federal o ex-governador do Piauí, Leônidas de Castro Melo. Este episódio foi um dos momentos mais obscuros da história do Estado do Piauí, quando dezenas de casas de palhas foram queimadas na capital propositalmente com intenções diversas, que bem poderiam ser para limpeza da pobreza no centro urbano da capital ou mesmo da especulação imobiliária. Agora o que mais assustou no fato foi a extrema violência da policia ao caçar os culpados pelos incêndios. Uma violência que foi às raias da loucura e do bom senso, culpando e matando inocentes.

O espetáculo do Piauhy Estúdio das Artes surpreende pela ousadia. Raros tem sido os momentos em que o teatro do Piauí tem falado de sua própria história, raríssimos, por sinal. E quando se atrevem em fazê-lo, alguns deles, ainda veem com ares de desculpas. Isso, com absoluta certeza, tem sido um dos motivos do fracasso do nosso teatro, que fica montando peças sem interesse para ninguém. Aqui não estamos colocando falar sempre sobre nossos problemas, principalmente, sobre nosso folclore tão cantado com olhar de benevolência, não só no teatro mais também na música, na dança e na literatura. O teatro tem o dever de revelar, de esmurrar o estomago, de ir fundo naquilo que está mais escondido na alma humana, só assim cumpri com o seu dever, tendo em vista que a realidade que está aí é muito mais cruel.

Fogo, do Piauhy Estúdio das Artes, talvez não vá tão fundo. Mas passa uma sensação para o espectador de que o Grupo cumpriu com aquilo que se comprometeu, e fez um espetáculo instigante, surpreendente, com belas imagens de atuação. Um espetáculo raro como quase nunca tem acontecido no nosso teatro, daqueles em que você sai com uma sensação de que nem tudo está perdido. Com um elenco compacto, objetos de cena distribuídos em arena e usados pelos atores de forma firme e sob uma luz criativa, as cenas das casas queimadas se desenvolvem alinhavadas em um pano de fundo formado por um casal, em que se destaca a atuação forte e vibrante da atriz Érica Smith.

Quando colocamos que o Grupo não foi tão fundo talvez seja por que o material em que baseou o texto tenha sido de um autor único. Isso por que já existe um vasto material sobre aqueles incêndios em Teresina, inclusive, com teses de doutorado e outros escritos. Só para exemplificar, temos o livro do professor Alcides nascimento “Fogo – Modernização e Violência Policial em Teresina (1937-1945)” e “A Cidade em Chamas”, do dramaturgo e ator Afonso Lima, material em que o Grupo poderia ter ido mais fundo em suas pesquisas.

Fogo, que tem direção de Adriano Abreu, com os atores Carlos Aguiar, David Santos, Vitor Sampaio e Érica Smith, pontuado com sons de instrumentos de percussão ao vivo, um achado, com certeza vai se ajustando durante sua temporada. Falo do ritmo, da modulação da voz dos atores, às vezes estridentes outras inaudíveis, e da emoção da cena. O espetáculo já é um marco na trajetória do nosso teatro, por trazer para a cena um episodio ainda um tanto nebuloso e desconhecido da nossa história.

Um tempo em que na cidade de Teresina vivia-se a mordaça, o medo e a inquisição em meio às chamas que esturricavam as casas de palhas, e nem sequer se podia mencionar o nome fogo. Tudo era silencio na cidade. Autoridades caladas, jornais empastelados e o povo com medo: casebres de palhas feitos a sangue e suor, sendo consumidos, fosse em pleno sol a pique ou em noites de luar, sem nunca ter-se descoberto os autores ou autor de tamanhas barbáries.

Vida longa a Fogo, do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, o teatro piauiense precisa.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Espetáculo - "Fogo" - Livre Adaptação do Conto de Vitor Gonçalves Neto

O Piauhy Estúdio das Artes agradece a toda organização da 2ª Aldeia SESC Guajajara de Artes em Caxias - MA, pela participação no evento. Agradecimentos: Sandra Nunes e equipe do Sesc Caxias. Saudações Culturais!!!

Fotos: Silmara Silva