terça-feira, 10 de novembro de 2015

Arte Para Liberdade da Tribo




Arte Para Liberdade da Tribo

      A arte, como tudo que se aplica a vontade e a criação humana, está se distanciando da realidade premente da longa aventura humana no belo planeta azul.
       Vivenciamos uma volta em direção ao hedonismo. Neste sentido, conclamamos aos seres que se dedicam a arte, a lutar por experiências que façam com que o humano, humanize-se. Tornar o esforço do fazer artístico uma busca pela paz e, sofrer para alcançar a paz, não é tarefa para egoístas.
       Ególatras são os artistas que veem o trabalho na arte como fonte de supressão dos ímpetos de fé e amor. Egoístas são os artistas que tornam sua arte fetiche para poucos. Orgulhosos são os que tornam suas buscas estéticas, meros objetos de repressão da força transformadora dos homens e mulheres.
         A virtude chega na arte quando coloco minhas realizações a serviço da evolução espiritual dos protagonistas e espectadores do objeto artístico. Hoje, mais que ontem, necessitamos buscar a verdade e esquecer os relativismos no campo da criação do fenômeno cênico. Aqueles que discutem a finalidade desses objetos de forma tristemente egocêntrica estão fadados a se perderem pelo caminho.
        O caminho é a cura das dores da alma, através do encontro com o Deus que habita dentro de cada um de nós. A negação do divino nas nossas existências é a negação de si mesmo.
         Preocupações individualistas distorcem o ser artista, o reduzem ao que podemos chamar: “salvador daquilo que nunca pôde salvar”. A luta é por uma cena rica de beleza da verdade.  Esse conceito regenera o povo e o concentra nas veias da iluminação.
          O princípio que deve guiar nossas ações será: O artista vive e trabalha para os homens e mulheres da tribo. Almeja que eles percorram, com relativa segurança, os vales das sombras da existência. Artistas e sociedade rumo a certeza de uma vida plena de sabedoria e conhecimento.  Quem constrói a arte são os homens e mulheres e em seus nomes ela será exercida, sem egoísmo, vaidade e com ampla firmeza no propósito da busca da verdade e harmonia com todas as coisas da Terra.

Adriano Abreu e Coletivo Piauhy Estúdio das Artes

Fim da Estação Seca

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