sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Cênico Funcional (treinamento para higiene do corpo voz)

 Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:


3° ENCONTRO

Por Luciano Melo
Ator

A necessidade de respirar. Respirar em harmonia com o corpo. Não uma respiração como dispositivo unicamente da vontade, mas como parte integrante da totalidade corpo-emoções-imaginação. Num certo momento do trabalho de hoje, a respiração estava em todo meu eu.

Desenvolver a respiração como algo natural e a serviço do atuante. No início, precisa observar (e ser observado pelo regente que orienta os exercícios), fazer correções, perceber as mudanças no seu todo a partir da respiração. Com o desenvolvimento dos exercícios, a respiração cresce em você como você cresce com a respiração.

Importante: não duvidar da potencialidade transformadora dos exercícios de respiração propostos. Entregue-se.

O condicionamento físico do ator. Este, entre outras coisas, garante base para a liberdade criativa do atuante. A expressão passa necessariamente por toda a integridade do ser ator. O corpo precisa estar disponível. As emoções devem estar livres e sem as travas do ressentimento, do medo, do ridículo ou dos traumas. A imaginação, uma das bases do atuante, também comunga com essa integridade do atuante.

O condicionamento físico deve constituir-se, assim, um projeto de aprimoramento do atuante. Quanto mais disponível corporalmente, menos as tensões memorizadas pelo corpo travam o campo das expressões do ator. Quanto mais o corpo se liberta, mais as atenções e interesses do ator se voltam para suas imagens, sensações e emoções.

Além de tudo, o condicionamento físico oferece segurança para os desafios do trabalho criativo do atuante.

Outro ponto fundamental: concentração. Esta significa atenção ao proposto. Também compreende observação de todo seu eu para o trabalho. Foco no trabalho, nos seus propósitos e nos colegas de cena. Quanto mais percebemos/sentimos esse processo de construção dos objetivos criativos, mais nos disponibilizamos para o jogo expressivo do teatro. Trabalhar mais e mais a disponibilidade para o trabalho criativo.

Assim, o atuante deve colocar-se à disposição: atenção aos exercícios propostos, entrega na execução dos exercícios, observação inspiradora para mudar todo o criar do atuante... Não se dedicar aos exercícios maquinalmente. Pelo contrário, para o trabalho de criação deve estar totalmente mobilizado.

Essa mobilização criativa é uma construção processual e progressiva. Basta dedicar-se ao trabalho individual e coletivo, além de partilhar com os colegas as descobertas e transformações do atuante criativo.

Essa harmonização integral entre concentração, imaginação, disponibilidade criativa, consciência, liberdade corporal, emocional e criativa é condição para o desenvolvimento maior do trabalho do atuante. Uma busca constante que transforma, pouco a pouco, o ator criador.

19.11.2020

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Por Deusa Sofia
Atriz

Apesar do clima frio, estava disposta. No primeiro momento da prática senti a respiração entrecortada principalmente nas posições de cabeça pra baixo, senti uma pressão na testa. Mas não era uma vertigem. Durante a dinâmica com a bola de basquete, a chegada no segundo elemento deu um sopro de intensidade maior na questão da concentração na contracenação: procurei respirar e ficar atenta aos elementos. Me peguei ficando de costas pros colegas na hora da movimentação. Na etapa seguinte aprendemos uma nova canção rapidamente e as novas formas de abordar corpo e voz no cênico funcional. Os pulsos foram realmente exigidos no momento da canção. Mais uma vez tive dificuldade no exercício que usa bastante o abdômen e os pesos mas percebi que sempre respirar antes do movimento ajudou a completar os movimentos. Deu pra aguentar mais. Senti vertigem no final das três cenas curiosamente no exercício que exigiu mais da respiração e equilíbrio. Na prática com frescoball tivemos um elemento novo de improvisação, depois da demonstração de Adriano e Silmara fiquei muito empolgada e quis logo participar. Procurei olhar os parceiros nos olhos e deixar vir o que fosse. Na hora da empolgação do improviso e gritei. No último momento da dança pessoal, vi algumas imagens que me lembraram minha infância e sensações de crescimento, algumas gargalhadas saíram e terminei a prática muito feliz. Com a garganta relaxada e os ombros também.

19.11.2020

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Állex Cruz
Ator

Mais um dia de treinamento onde podemos nos entender quanto corpo na cena, um trabalho de observação de si e entendendo o funcionamento desses corpo presente, disponível para o jogo com o ambiente, com o outro e todas as circunstâncias propostas.

O primeiro momento foi de sentir que entrava pronto para aquele treinamento, conectando e despertando meus sentidos indo de encontro com a concentração em mim e no todo. Uma das sensações que ficou bastante foi de sentir uma grande dilatação das minhas costelas, no momento da respiração com os quatro apoios que de início estranhei, porém foi algo que me provocou e foi bom.

Durante as cenas continuei buscando não perder o estado de concentração, em um outro âmbito de concentra-ação, onde é preciso estar concentrado para execução de cada cena, tendo consciência da respiração, de como aquele exercício chega em mim, a logística de cada exercício, ou seja, está em vigia de tudo que sinto naquele momento, e ao mesmo tempo que concentro faço a ação, mesmo que em alguns momentos aconteça de dispersar, é exatamente quando erro que retomo o estado de concentração em ação.

No exercício extra com o frescoboll eu senti ter encontrado um caminho internamente, utilizando o que estive exercitando e adquirindo durando a execução das cenas, infelizmente ainda tendo problemas com as tensões do braço, e o controle da força. Ao mesmo tempo com o improviso, mesmo tendo consciência que muitas vezes eu acabo indo pro pensar no que agir, exercitei minha mente em não formular algo no pensamento e simplesmente deixar que as coisas acontecessem diante o agora.

O momento que sinto onde tudo isso surge em forma de criação é na dança pessoal, durante o trabalho visualizei imagens de desenhos de uma diversidade de mãos com muitas cores e tamanhos, não entendi o motivo, mas acredito que  nem tudo é explicações e sim sensações. Assim, vejo a importância de internalizarmos as sensações que surgem no processo, entende-las e dissolver pelo corpo aquilo que me permite crescer.

19.11.2020

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Walba Soares
Ator

Começo enaltecendo o trabalho por completo, ligado e integrado, num processo de investigação. Entender que atos, ações e reações parte do consciente presentificado em tudo, desde a respiração ao estágio mais dilatado possível.  Sentir meu corpo junto dessa respiração agindo de maneira fluente, passando por todas as partes, me energizando e possibilitando variações de como usá-la, num jogo de contracenação com o lançar a bola ao outro, flexionar, caminhar.

Tudo parte de uma concentração, consciência e a respiração. Vejo que a prática e exercício desses elementos contribuem no trabalho do atuante de forma significativa. Seja na cena, seja no trabalho pré-expressivo é preciso autodisciplina.

Na execução das cenas do programa “cênico – funcional”, algumas percepções- sentidos, vozes, cores - ao trabalho interligado o tempo todo. Corpo, respiração, mente, funciona no trabalho de forma colaborativa e ativa, a exaustão faz parte do processo, mas é libertador.
O trabalho de improvisação me desafia o tempo todo, e de acordo como é trabalhado, vejo que isso dever ser um exercício recorrente, já que é importante no processo do atuante. O jogo exige muita concentração, escuta e também atenção ao movimento da bola (frescobol individual), ação e reação são necessárias na execução. Minha dificuldade surge na projeção da minha voz em oscilação e não equiparada a outro que está em cena comigo, além de uma escuta perceptível para manter um equilíbrio no jogo.

A partir daí surge a dança pessoal, quantas possibilidades além de sentir a música e fazer com que essa dança flua de dentro para fora. A busca por uma conexão aos elementos do espaço, ao estudo investigativo do eu, e me permitir ser levado, saindo da racionalização. É prazeroso poder se enxergar e se energizar, deixando meu corpo em estado vibrante, potente.

19.11.2020

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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Cênico Funcional (treinamento para higiene do corpo voz)

 Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:


2° ENCONTRO

Por Luciano Melo
Ator

O trabalho me chamou atenção para muitos pontos relevantes sobre o trabalho do atuante. Vou tentar recapitular alguns deles. Pelo tempo transcorrido, perderei alguma coisa. Mas, o essencial está nessas palavras.

Primeiro, conhecer meu corpo pelos exercícios de alongamento. Para além de conhecer, há um trabalho de ampliar as possibilidades da expressão pelo corpo. O alongamento “acorda” e sensibiliza partes do corpo que estão adormecidas. Também reconhecer meus limites e aprender a lidar com eles: desde desafiá-los a ir um pouco mais longe até aprender a solucionar expressivamente aquele limite consciente (o trabalho favorece essa consciência e desperta meu todo para possíveis correções). Tudo isso sob o céu azul.

Segundo, o trabalho do atuante de estar consigo em trabalho com outros. Ao caminhar, sentia a presença dos colegas, a energia, mas, também interagia (desde o olhar as outras interações pelo odor, energia, presença etc.). Sentia-me parte e, ao mesmo tempo, consciente de como, naquele conjunto, estimular minha sensibilidade.

Terceiro, a combinação integrada entre exercícios físicos e vocais. Trato como “combinação integrada” pois não percebia separados a emissão de sons e o corpo em movimento. Sempre habituado a trabalhar respiração, impostação, projeção, dicção como um conjunto fechado, pelo segundo dia de trabalhos percebo o quanto voz-corpo-respiração se integram.

Quarto, lidar com os limites do meu corpo. Qualquer trabalho exige compreensão de si. As atividades aeróbicas me pediram um olhar mais atento comigo mesmo: como lidar da melhor forma? Como dirigir os esforços físicos para manter os três momentos de trabalho aeróbico? Como transformar o “cansaço” numa inspiração para o trabalho expressivo? Essas questões acompanharam-me durante todo esse momento.

Quinto, o trabalho com a bola e com meus colegas. Não é só respirar, ou só jogar a bola, ou só interagir com os colegas. É tudo isso. O teatro é uma arte que integra esforços e exige disponibilidade e entrega.

Sexto, a bolinha, a raquete, o texto falado... Mais uma vez, atenção, respiração, concentração/entrega, disponibilidade e integração do meu todo foram chamados. A ausência do óculos gerou uma dificuldade inicial que precisou ser trabalhada. Certas limitações nos desafiam a explorar outras possibilidade do meu ser total. E assim trabalhamos.

Sétimo, as canções do Queen e o atuante em movimento num espaço aberto para o trabalho criativo. Uma integração singular que só abre campos de criação para o atuante. Sem estimular medos ou receios; sem programar a inefável criatividade. Jogar-se integralmente nas ações criativas. Os exercícios de alongamento e o próprio trabalho aeróbico deixaram o corpo disponível para a experimentação. A calmaria do início da noite. O verde que nos cercava. O meu eu em projeção criativa...

12.11.2020

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Por Deusa Sofia
Atriz

No treino de hoje apesar de toda animação e motivação senti dificuldades nas realizações dos exercícios. Senti dificuldade no exercício abdominal tesoura com peso, mas não senti dores ou algo do tipo. Realmente preciso trabalhar a força abdominal. Percebi dificuldade de correr para trás nos cones em forma de triângulo, a escuridão me confundiu um pouco. Faltou concentração. No momento do desabafo, tudo veio e me fechou a garganta. Não consegui voltar da emoção. E no frescoball senti minha mente agitada e nervosa e trêmula assim como a minha voz. Soltei uma parte de tudo no momento da dança pessoal.  Senti uma voz que veio de um suspiro doloroso mas libertador, fluído e forte. Agora sinto o cansaço e agitação (ainda, como se tivesse muita energia) e uma dor leve na garganta mas sem dores no corpo.

12.11.2020

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Walba Soares
Ator

Segundo encontro de treinamento pré-expressivo, vejo o quanto se faz necessário o trabalho de consciência da fisicalidade para o desenvolvimento do trabalho do ator. A começar o trabalho consciente de respiração por meio de exercícios de curta duração em que possibilita esse corpo está acordado e despertado, onde sinto dificuldade no levar essa respiração a umas partes fluentes, e outras como posteriores, buscar exercitar para aperfeiçoamento. Em seguida jogo de cena em três atos, a dificuldade em manter pernas esticadas com caneleiras, uma fadiga na musculatura ou algo do tipo trava... Porém sem dores ou exaustão. Realizar as três cenas me faz com que o cérebro se reprograme o tempo todo de forma eficiente, buscando maneiras de executar essa investigação sem gasto ou perca de energia.

Terceiro momento, desabafar é preciso, meu corpo em estado de alerta e prontidão para a cena e a cumplicidade no jogo. Perceber o quão é necessário externar todo sentimento guardado por dentro, falar, dizer isso de forma franca, sem ruídos, sem medos. Dizer o que está preso e precisa ser liberto, é natural sentir uma alegria, agitação inquietante. O dançar me transporta para meu interior, de forma que sou guiado pelo meu corpo, a busca o sentir, o apreciar, o despertar.

O desafio da bolinha revela muito, quando busco o esvaziamento da mente, e me deixo conduzir pelo movimento da bola no ar e alcançar as nuances necessárias para a execução do exercício, a partir do momento que entro com medo e inseguro, não há fluidez, mas quando se muda, o jogo fica a favor.

12.11.2020

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Állex Cruz
Ator

As percepções desse segundo dia de treinamento pre-expressivo me trouxe o entendimento de ser um trabalho do aguçamento de nossas percepções e conscientização das sensações do corpo em cada momento do treino, para que assim o atuante encontre o entendimento do seu instrumento de trabalho que é o seu corpo (mente/voz) na cena, deixando transparecer suas necessidades e dificuldades para serem trabalhadas em prol do aprimoramento do seu bios-cênico.

No primeira momento senti um bom e  significativo despertar de todo corpo, porém a respiração surgiu mais forte no sentido de presença de uma forma mais fluida, mesmo diante das minhas dificuldades. O trabalho de concentração veio mais firme nesse encontro, por esse motivo pude me sentir mais presente e aberto ao treinamento, claro que alguns momentos a dispersão aparecia mas ainda assim eu encontrava o foco.

Quando iniciamos às 3 seções, o trabalho inicial foi de entender cada cena e as estratégicas específicas dentro de cada condição sem perder a consciência de si. No começo a cena 1 de pular a escada citando as sílabas, minha mente teve um pouco de dificuldade de organizar, porém através da concentração consegui entender a logística. Ainda assim acontecia de me perder em uma cena ou outra como por exemplo no triângulo, porém eu busquei em todo o processo ir de encontro com a concentração e assim executar.

Nos últimos momentos com o frescoball a minha ansiedade em fazer, o querer fazer e não errar, a falta do controle da força, e a não organização de todo o corpo (corpo voz/mente/respiração), ocasionou a sensação de travamento do braço, impedindo-me de deixar com que a energia fluísse e estabelecesse uma conexão de mim com a raquete e a bola fazendo-se extensão desse corpo. Tentei fazer com que isso não me afetasse de forma negativa, mas tocou pelo sentido de ver como trabalho e não ter feito como devia. Entretanto, pude absorver o entendimento da importância para que esses problemas se revelem agora fora da cena durante o processo, do que em cima do palco.

Senti esse treinamento inteiramente como criação, e no final quando vamos para dança pessoal eu busquei explorar a leveza e o pequeno. Preenchendo com a energia da fluidez que veio na respiração no início no treinamento.

12.11.2020

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Cênico Funcional (treinamento para higiene do corpo voz)

 Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:

1° ENCONTRO

Por Luciano Melo
Ator
Saltar no meu infinito 
A companhia é a respiração
E o seu eu autêntico
Não tem roteiro
Tem um lançar-se
Ao mistério de si e do outro
Não se poupe
Ao poupar-se retoma as amarras
O infinito é nossa aspiração
Aspiramos o inefável.

05.11.2020

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Por Deusa Sofia
Atriz

Em comparação ao início do treinamento, além do cansaço normal de um treinamento puxado, me sinto aguçada como se eu estivesse agora sensível ao que acontece ao meu redor. Vejo, sinto o sabor, o cheiro do suor...

Foi divertido, não cansei.

Na voz fiquei mais atenta aos lugares que ela vai na cabeça quando se está no limite da respiração. Tive que me concentrar e direcionar para não doer a garganta. Percebi essa completude e tentei não isolar, separar corpo e voz. Está tudo conectado!

05.11.2020

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Àllex Cruz
Ator

Hoje pude exercitar de outra maneira, transferir a respiração para as diversidades das regiões do corpo. O encontro com a concentração em meio ao caos mental. Encontro com o tônus recorrente.

05.11.2020

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Walba Soares
Ator

No início meu corpo me conecta com o espaço de forma que consigo me relacionar com tudo ao meu redor. Meu corpo livre e disponível sente o ar passando e me sentindo. Passo seguinte uma erupção no corpo como vulcão para transbordar de larvas quentes, energia. Meus pensamentos já não se conversam, mente limpa e pronta. Meu corpo não para, não cansa, que agir. Atitude!

05.11.2020

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A dificuldade de concentração foi um entrave real para mim nesse 1º dia de treinamento. O foco na respiração foi meu socorro até a metade do trabalho criativo. Na segunda parte, naturalmente, minha atenção voltou-se para o movimento das pernas e os desenhos que elas realizavam no espaço.

Adriano Abreu
05.11.2020

di


 Cênico Funcional

(Treinamento para higiene do corpo voz)


“Não pense no instrumento vocal em si, não pense nas palavras,

 mas reaja, reaja com o corpo.

 O corpo é o primeiro vibrador e ressonador. ” (Grotowski)


1. Eixo Temático


Compreensão, estímulos, reações e consciência da fisicalidade para a liberação dos impulsos do corpo e construção do bios cênico (atores e atrizes).


2. Objetivos Gerais


Deixar o corpo disponível psicofisicamente para a cena, promovendo uma superação dos limites tanto físico quanto psíquico, através da exploração de uma fisicalidade extracotidiana. Resultando assim, na busca pela eliminação dos bloqueios do corpo do atuante.


Reeducar o funcionamento do sistema respiratório para criar uma consciência no ato de respirar.


Estimular a consciência da energia corporal no intuito de dilatar, expandir e reverbera-la no espaço – tempo na criação sinérgica.


Auto conhecer sua ferramenta de trabalho: o corpo.


Adquirir equilíbrio, flexibilidade, potência, coordenação motora, agilidade e força para desenvoltura cênica.



3. Como será desenvolvido:


- Cada atuante responderá um pequeno questionário com cinco perguntas norteadoras.


- O Cênico funcional será realizado uma vez por semana (todas as quintas), e terá duração de 1h de treinamento.


- O atuante deverá chegar meia hora antes. Vir de tênis, roupas leves e confortáveis, exceto jeans. Trazer garrafinha de água e colchonete de uso individual.


- Serão usados alguns objetos pelo espaço como: mini cones, mini band, cordas, pesos, disco de equilíbrio, bolas terapêuticas e, outros...


- Ao final do treinamento, cada atuante fará um relato escrito das sensações observadas durante todo treino.



Obs: Esse é um experimento para o presente. É importante que estejamos todos presentificados para acolher a todas as sensações, descobrirmos as resistências e obstáculos que nos impedem de fluir dentro da cena. É preciso adestrar esse corpo e nos libertarmos das grades construídas por nós mesmos.



Criação do Método: Silmara Silva / Atriz

Coletivo Piauhy Estúdio das Artes