terça-feira, 26 de abril de 2011

Uma Pausa Para Poesia: primeira oração do caminho santificador (Por Adriano Abreu))


primeira oração do caminho santificador


precisamos  das  vitórias?
exercitamos     liberdades
extremada        disciplina
seguimos    os   caminhos
hesitações    ou    temores
matem-nos vivos
extenuados e convencidos:
- a vontade e o bem
serão    linhas      mestras



Primeiro poema do Livro preces subversivas
2º lugar nos concursos literários do Piauí
(Prêmio Torquato Neto) ano 2006 nunca
Editado pelo FUNDAC comforme edital.

Sente (se)

Sente (se) by Lunara-iá-laiê-laiá
Sente (se), a photo by Lunara-iá-laiê-laiá on Flickr.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Instantâneos:Um minuto para dança programação completa.



DANÇA E PERFORMANCE
Performance Problema dos três corpos com Cia. Luzia Amélia(PI)
29 de abril – 17 horas
Galeria do SESC/SENAC (Av. Campos Sales, 1111, Centro/Norte)
Palestra e Lançamento do Livro O Fazer Dizer do Corpo: Dança e Performatividade com Jussara Setenta (BA)
30 de abril – 9 horas
Casa da Cultura (Rua Rui Barbosa, em frente à Praça Saraiva, Centro/Norte)

DANÇA E EDUCAÇÃO
Vivência em Dança Contemporânea com Andréia Barreto (PI)
02 de maio – 9 às 11 horas
Instituto Federal do Piauí (antigo CEFET, Praça da Liberdade, 1597, Centro)

Vivência em Dança Contemporânea com Déborah Radassi (PI)
05 e 06 de maio – 18 horas
Colégio Diocesano (Rua Barroso em frente à Praça Saraiva, Centro/Sul).

Palestra Leituras de Dança, Leitura de Mundo com Isabel Marques (RJ)

Lançamento dos Livros Ensino de Dança Hoje; Dançando na Escola; Linguagem da Dança: Arte e Ensino com Isabel Marques (RJ)
13 de maio – 9 horas
Auditório do Instituto Federal do Piauí (antigo CEFET, Praça da Liberdade,1597, Centro)

DANÇA E CONHECIMENTO

Seminário Dança e Conhecimento com Helena Katz (SP)
09 e 10 de maio – 9 às 11horas
Casa da Cultura, (Rua Rui Barbosa, em frente à Praça Saraiva, Centro/Sul)

DANÇA E ECONOMIA
Seminário Economia Criativa da Cultura com Luciana Santana (BA) e representantes do MINC, FUNARTE, FUNDAC e FCMC.
17 e 18 de maio – 9 às 11 horas
Auditório do SEBRAE (Av. Campos Sales, 1046, Centro/Norte)


DANÇA E INCLUSÃO
Vivência Dança Inclusiva com Edu O. (BA)
19 de maio – 14 às 17 horas
Palácio da Música (R. Santa Luzia esquina com R. 13 de Maio, Centro/Sul)

DANÇA E ARTES VISUAIS
Exposição Fotográfica 1 Minuto Para Dança com fotos de Maurício Pokémon, Rebeca Santos e Jairo Moura (PI) e Curadoria de Tupy Neto (PI).
02 a 20 de maio – 9 às 17 horas
Galeria do SESC/SENAC (Av. Campos Sales, 1111, Centro/Norte)

DANÇA E ARQUEOLOGIA
Excursão Científica*   Parque Nacional Serra da Capivara(PI)
Julho/Agosto de 2011 
* participação limitada, consultar coordenação.


Retirado de  minutoparadanca.tumblr.com/

Série Estudos: Encontros Notáveis com Antunes Filho partes 1,2 e 3 (dos meus arquivos de Diretor de Teatro ou seria Encenador?)












Antunes Filho fala do trabalho do diretor de ator, tripudia em cima do teatro pós-dramático, mostra de uma forma meio louca a sua perspectiva do trabalho de voz no ator e outras coisas igualmente interessantes. Muito show  uma referência que não deve ser ignorada.. Sugiro um pouco de tranquilidade ao assistir pois os vídeos são longos. Para atores, diretores e gente que adora ver grandes mestres falando.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Série Imagens: Bastidores do FENAVIPI 2


Josué e Marco Pereira dois violonistas fantásticos


Erisvaldo Borges feliz da vida ladeado pelos meninos e pelo professor do Leo o grande músico Ismael


Ulisses Rocha apaixonou-se pelo violão dos carinhas aí.
Na foto dois violões poderosos fabricados por A.J  Rodrigues,  lutier incrível do Piauí.


Leonardo de Cáprio concentração total antes de entrar no Palco


Yamandu e Caio nem aí pra a multidão de feras do violão que estavam atrás da foto.



Essas foram minhas impressões dos bastidores desse grande evento. "VIVA O VIOLÃO" ultima frase proferida por Yamandu no final do evento com aplausos e gritos emocionados da platéia.

Série Imagens: Bastidores do FENAVIPI


Caio Leon e Yamandu Costa mandando ver  e ao redor, só curtindo, alguns dos melhores músicos do Brasil

Figuras ilustres com o mestre Marco Pereira


Rogério Caetano e o Caio todo vaidoso


Grande Geraldinho Brito luz da música brasileira


Trio de bambas: Caio,  o  maravilhoso Josué Costa e o fantástico Leonardo. 




Tudo foi realmente incrível. Deus continue abençoando a música que juntou tantos artistas autênticos dia 10 de abril no lotadíssimo teatro da Assembléia Legislativa.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Série Imagens: Eimuntas Nekrosius encenador excepcional.



Um encenador poderoso que realiza espetáculos de quatro horas e que trabalha com os atores sempre sabendo como tirar o melhor de cada um. Diz ser um diretor de caneta e papel preparando o trabalho em casa escrevendo horas a fil. De origem lituana, Nekrosius mora e trabalha em Portugal. Coloquei esse vídeo na Série Imagens mas poderia ter postado como Estudos, como é grande o teatro desse cara.

Série Instantâneos: Os Meninos do FENAVIPI



Caio Leon (12 anos) e Leonardo Di Caprio (11) têm histórias distintas e uma paixão comum: o violão. Caio, filho de professores, estuda numa das escolas mais conceituadas de Teresina; Leonardo, filho de operários, estuda na Escola Extremo, num dos bairros mais pobres da capital. No palco, não se percebe diferença alguma na história de vida dos dois: comportam-se como compenetrados instrumentistas e sonham alto: o primeiro quer cursar música e tornar-se um violonista de sucesso; o segundo pretende ser um concertista famoso para “ajudar” a mãe. É fácil constatar que os meninos não estão brincando: tocam como gente grande. Caio deu os primeiros passos na música desafinando o violão do pai; Leonardo contentava-se em tocar um instrumento insólito: um cabo de vassoura. Quando alguém lhe perguntava onde estava a música? Respondia de bate-pronto: “Na minha cabeça”. Por caminhos tão díspares, os dois chegarão ao mesmo destino: o palco do Cine-Teatro Assembleia, no dia 10 de abril, onde abrirão o show do violonista Yamandu Costa, no encerramento da 7ª edição do Festival Nacional de violão do Piauí.
 A história dos dois garotos demonstra que a estratégia usada pelos organizadores do FENAVIPI funciona. Cineas Santos e Erisvaldo Borges vêm insistindo, desde a primeira edição do Festival, que, além de oferecer concertos de qualidade aos aficionados do violão, pretendem formar plateias e propiciar aprimoramento técnico aos músicos profissionais e amadores do Piauí. O sonho de Erisvaldo começa a concretizar-se: hoje, pelo menos 3.000 crianças e adolescentes estudam violão e teoria musical em Teresina. Para citar apenas um exemplo: todos os irmãos de Leonardo estudam violão, inclusive a pequena Mona Lisa, com sete anos de idade. É a música a serviço da inclusão social e da conquista da cidadania. Um projeto com este perfil não poderia deixar de merecer a atenção de uma empresa como a PETROBRAS, que sempre acreditou no talento dos brasileiros. 



terça-feira, 5 de abril de 2011

Uma Pausa Para Poesia: Infância (Por Silmara Silva)





Infância

Cai o pingo d’ água na ponta da chuva
Corro a ladeira e vejo o morrinho de barro
Olha lá mamãe sorrindo ela pula cai de chinelo
Lá vai minha infância subindo de pé descalço

E meu bucho vai cheio de feijão colorido
Oh! Que minha vida era boa de jogar peteca
A meninada toda me chamava de tardizinha
Só tomava banho depois de uma boa sova

A rua era minha escola num era gente não
Matei gato na lata de leite da bomba que fiz
Era tudo ingenuidade dessa menina feliz
Lambuzei-me de lama da sarjeta que desci

Lá vai minha infância chorando de bucho cheio
Cheio das frieiras que meu pé quase caiu
Cheio dos meus risos e de minhas danações
Cheio de cabeças das bonecas que cortei

Pulei corda foi pra chegar logo na vida
As curubas em mim arderam e doeu viu
Fui criança estranha de criação rígida vovô
Porém atrás do rumo cresci menina moça

Só aos dezoitos anos conheci alguns lábios
Que quase morri, num gostei da babação
O menino fugiu, bicho do mato disse que sou!
Espantei e até hoje espanto, os moços de perto de mim

Mas eu fiz cores na infância, eu me fiz e me criei de boa
Moleca de beira de rua que do queima brinquei
Salvei vidas, salvei latinhas, salvei pega-pega, salve-me!
Gritou à vizinha: é uma peste segura esse diabo dentro de casa

Fiz sopa com as lombrigas no fundo do quintal
Doente sempre fui e não dava brecha pra febre
Era bombons misturados com comprimidos chupei
Ler foi o que fiz meu prato de todo dia comia

E quando sangrou chorei, mamãe me cortei
Era chuva debaixo de minhas pernas...
Era eu nascendo como mulher pra vida receber
Você já pode gerar uma vida, disse minha mãe chorando

Aos olhos de quem me ver muitas histórias contei
Não sentirei mais os mesmos cheiros e gostos da infância
Não jogarei a peteca que me marcou de surra as costas
Não viverei a infância que me roubaram do doce amargo de ser criança.



Silmara Silva é atriz da nova safra
 do Teatro Brasileiro de Expressão Piauiense