sábado, 17 de maio de 2014

A Nossa Pietà por Maneco Nascimento

Impressões do Ator, Radialista e Estudante de Jornalismo Maneco Nascimento sobre o Espetáculo "FOGO", apresentado no Teatro Estação dias 01,02 e 03 de Maio de 2014

Foto: Silmara Silva

"Uma Pietà (italiano para Piedade) é um tema da arte cristã em que é representada a Virgem Maria com o corpo morto de Jesus nos braços, após a crucificação. Associa-se assim às invocações de Nossa Senhora da Piedade e Nossa Senhora das Dores.

As primeiras pietà surgiram em finais do século XIII na Alemanha, onde é chamada Vesperbild. De sua origem em terras germânicas, o tema expandiu-se para outras regiões da Europa ao longo da Idade Média, expressando-se frequentemente tanto na escultura como na pintura.

Aparentemente, as imagens medievais eram destinadas à contemplação mística dos fiéis, permitindo que o devoto se sentisse presente no momento do abraço sofrido entre Maria e Jesus. Nesse sentido, a pietà era uma imagem de devoção como o crucifixo, e por isso era representada isolada de outros personagens da Paixão de Cristo. É uma variação do tema mais antigo da "Lamentação de Cristo", representações de Maria e Jesus morto acompanhados por José de Arimateia, Nicodemos, Maria Madalena e outros personagens.

A mais famosa pietà é, seguramente, a Pietà do Vaticano, esculpida em mármore por Michelangelo em 1499. Atualmente esta obra está localizada no interior da Basílica de São Pedro, em Roma." (www.wikipedia.com.br/colhida em 05/05.2014, às 15h07).

Ao longo da história da humanidade, refletida na oralidade, fé e religião, contrição de fiéis e comoção coletiva de amor solidarizada na dor e piedade de Maria, Mãe de Jesus descido da cruz, muitos olhares reproduziram em estética e plástica de escultura e tintas refletidas à Pietà.

Dos exemplos, temos Pietà na Capela Real de Granada (Hans Memling 1475); Pietà do Vaticano (Micheangelo 1499); Pietà Florentina (Micheangelo 1557); Pietà (Luis de Morales 1560); Pietà (El Greco 1571); Pietà (Vincent van Gogh); Pietà alemã do século XV (Colônia); Pietà (Vitral da Basílica de Nossa Senhora de Fourvière, perto de Lyon); Pietà (de Manuel de Araújo/Porto-Alegre século XIX) e a Pietà (gesso de Michele Trispisciano em Caltanisseta 1913) e, para aproximações de leituras estéticas, A Deposição (Descida) da Cruz, do belga Rogier Van Der Weyden (1435). (Idem).

Neste século XXI, + uma Pietà entra à Galeria de imagens icônicas das dores e piedade de Maria. O Coletivo Piauhy Estúdio das Artes cunhou sua assinatura para + uma Pietà às luzes, leitura e estética do Piauí, nordeste brasileiro de dramaturgia local, em Teresina. A imagem flagrante, de sentimento humano, se traduz no espetáculo "Fogo", de direção e adaptação à dramaturgia de palco, construída por Adriano Abreu, a partir do conto homônimo Fogo, de Vítor Gonçalves Neto.

A imagem sacra, de razão cristã, e profana, de razão à mímesis de loas ao deus Baco, foi conquistada durante a temporada do espetáculo "Fogo", realizada no Teatro Estação (Trilhos), nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2014, sempre exibido às 20 horas. (Érica Smith e Vítor Sampaio em comovente Pietà, de "Fogo"/foto Silmara Silva). A imagem da Pietà a la adrianoabreuniana fala por si mesma. Comovente! Teatral e plasticamente eficiente à recepção consternada.

http://manekonascimento.blogspot.com.br/2014/05/a-nossa-pieta.html?spref=fb

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