Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
9º ENCONTRO
O Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, Teresina-PI, pesquisa e desenvolve atividades em artes cênicas com foco principal na formação integral do atuante e suas interfaces com a arte do espetáculo.
Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
9º ENCONTRO
Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
8º ENCONTRO
Apesar das dificuldades que rondam esse momento pandêmico que ainda seguimos, tivemos nosso segundo Cênico Funcional do ano, uma luta viva de continuar a trabalhar. Nesse dia começamos mais cedo , a partir de uma reunião na Casa da cultura, apresentando a nova gestão e esclarecendo alguma coisas, tudo isso fez parte desse Cênico Funcional, pois nos gerou conversas e reafirmações para nós mesmos sobre encarar nosso trabalho sempre.
Nesse novo encontro sigo exercitando minhas próprias limitações à não me limitarem. Continuo em estado de observação constante internas e externas, desde a entrada e o percurso do ar no meu corpo-mente até as execuções dos fragmentos da cenas, procurando vivenciar cada uma diante as diferenças sensações, respirações, os pensamentos que se passam durante a execução de cada um. Buscando cancelar o pensamento do porvir.
Esse porvir é algo muito recorrente em mim e que é difícil sair desse dessa ansiedade proporcionada por ele, e nos acaba levando a um local que é incerto. Porém, nunca é tarde para ir se percebendo e dando os primeiros pequenos passos para não deixar que isso atrapalhe meu trabalho, um trabalho que é do momento assim como a vida.
As cenas extras vieram instigando mais ainda esses meus pensamentos pois foi improvisação, em momentos de improvisação eu acabo querendo organizar algo na minha mente, mesmo que eu não queira isso acontece inconscientemente. Entretanto, dessa vez eu pude simplesmente deixar que as coisas fluíssem a partir do seu acontecimento diante aquele momento. Olha e isso não foi nada fácil! Vejo como uma míni vitória que vai acontecendo por nossos caminhos.
No fim do encontro compartilhei aos meus companheiros de trabalho dessas inquietações, e falei da minha nova relação com o silêncio que comecei a vivenciar nessas poucas semanas que iniciei uma nova jornada, a de morar sozinho mas não em solidão.
04.02.2021
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Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
7º ENCONTRO
Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
6º ENCONTRO
O último Treinamento Cênico Funcional do ano de 2020 permeou em mim na continuidade de um reforço sobre as percepções internas e externas, como esses entendimentos nos ajuda a encontrar presentificação diante esse trabalho que não exige metade do atuante, sim uma completude. A descoberta de nossas fragilidades psicofísicas e que afetam o trabalho na cena foi um dos pontos importantes para esse treinamento, pois a cada encontro era o momento de acolher, entender para que nas próximas quintas-feiras fosssem superadas, mesmo que seja um pouco.
Assim tem sido na minha luta pela consciência respiratória e das explosões e gasto de energias inconscientes. O primeiro momento do aquecimento de presentificação, foi algo necessário também para o meu eu pessoal diante a limpeza que cada exercício proporcionou.
Destaco o exercício com posição de saudação com a testa no colchonete, a sensação flutuante zerou o dia , era como se eu estivesse acabado de acordar depois de um longo descanso com visualizações de locais que eu não lembro, mas que estão em mim. Nós sabemos que a respiração é essencial para vida, mas ter consciência do que seja realmente respirar tudo vai para dimensões grandiosas.
Mas uma vez minhas explosões energéticas quase me sabotam na execução das cenas de cada ato do treinamento. Principalmente na escada onde foi de início três tentativas para tentar iniciar, logo depois por toque da Silmara Silva nossa condutora nesse trabalho, eu pude pausar e voltar a concentrar no que eu precisava trabalhar internamente para fazer o que me era proposto externamente. É muito complicado entender muitas coisas que estão em nosso ser.
Nada que envolve nosso trabalho como atuante da cena deve somente surgir do que está exposto externamente, é preciso um estado de jogo entre o que está visível e invisível no corpo mente, nesse encontro dinâmico e fluido que nos proporciona entender até mesmo o pode parecer simples, quando na verdade é bem mais profundo do que se pode imaginar, como no exercício de Frescoboll e improviso onde foi dado mais um passo, e é assim que é o processo de aprendizagem, um passo de cada vez.
O jogo entre o interior e o exterior é bem mais profundo do que se imagina e nada fácil, é nessa relação única que são criadas as “ações físicas”, nós atuantes temos que internalizar e entender de uma vez por todas que não se faz arte sem o que corresponde internamente. Porém, entender como tudo isso se forma em ações físicas é muito difícil, por esse motivo que é preciso muito estudo e prática. Na busca pelas ações físicas ou os sintomas dessas ações, eu senti uma força que veio de Mamãe Oxun provocada pela música, essa força levou-me ao caminho para fim e recomeço.
Ser artista é ser generoso, entregar-se profundamente, ter disciplina e trabalhar muito. Assim por fim quero agradecer a generosidade, dedicação e paciência da Silmara Silva como pessoa e atriz diante essa troca, minhas sensações são de muita Gratidão. Que continuemos trabalhando, Evoé!
10.12.2020
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Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
5° ENCONTRO
Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
4° ENCONTRO
Funcional cênico (Uma viagem em busca da lavratura corpóreo-vocal)
Nos princípios norteadores do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes, especificamente do trabalho do atuante sobre si mesmo, encontramos uma série de competências e atitudes a serem conquistadas por atrizes, atores e performers que desenvolvem atividades artísticas no grupo, entre elas, estão em destaque as duas primeiras “Séries de Princípios Norteadores” do trabalho do grupo, abaixo discriminados:
1ª Série Princípios Norteadores - Concentração das Forças Criativas:
• Aceitação
• Aguçamento Sensorial
• Atordoamento
• Corporificação da Mensagem (ator-verbo)
2ª Série Princípios Norteadores – Bailado do Atuante:
• Trabalho de Lavratura Corpóreo Vocal
• Trabalho Sobre a Equalização Espaço Temporal
• Trabalho Sobre o Foco do Atuante e do Espectador
• Trabalho Sobre o Ritmo
O treinamento “Cênico Funcional”, criado e desenvolvido pela atriz e educadora cênica Silmara Silva, propõe-se a ser mais uma ferramenta a disposição dos atores e atrizes que desenvolvem sua atividade nesse grupo criativo, no sentido de alcançarem padrões satisfatórios em aspectos fundamentais na construção de atuantes de alta-performance.
Dessa forma, na figura de diretor-pedagogo do Coletivo, tenho acompanhado o desenvolvimento teórico dessa ação formativa, bem como, realizado na prática os encontros formativos orientados por Silmara Silva. Gostaria de ressaltar alguns dos incontáveis benefícios do “Cênico Funcional” enfatizando, mais uma vez, que essa pesquisa-experimento se configura como um passo importante na formatação metodológica de pontos essenciais que compõem os “Princípios Norteadores do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes”:
Respiração:
Exercícios respiratórios diversos, foram aplicados em todos encontros, estimulando e conscientizando os atuantes sobre a importância capital do domínio desse instrumento fundamental que é a consciência e domínio dos processos respiratórios, como também, fortalecimento do cardio respiratório, no sentido de afirmar e potencializar presenças cênicas, elevando exponencialmente o autoconhecimento, proporcionando o alicerce necessário para posterior domínio e manipulação energética utilizando a respiração como fator estruturante.
Através do trabalho sobre a respiração que, é a base de todo treinamento “Cênico Funcional”, os atuantes alcançarão bases sólidas para novas conquistas.
Flexibilidade:
Os exercícios de flexibilidade corpóreo-vocal são outra viga mestra da pesquisa-experimento desenvolvida por Silmara. Alongar a musculatura dos membros inferiores e posteriores, trabalhar a flexibilização da coluna e fortalecer as possibilidades vocais partindo da experiência do corpo, permitem ao atuante a ampliação e o destravamento das forças mentais, já que, a rigidez psicofísica prejudica estados satisfatórios da performance, ao contrário da flexibilidade que proporciona frescor e vida a atuação.
Potência, velocidade, coordenação motora e precisão:
No treinamento cênico funcional existem “circuitos” de exercícios corpóreo-vocais, que acontecem na segunda etapa do encontro, os “circuitos” ou “cenas” na linguagem da pesquisadora, estimulam o atuante o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao desenvolvimento de potência muscular (incluindo os músculos responsáveis pela fonação), velocidade na realização de ações físicas, ampliação de possibilidades motoras e aquisição da precisão de movimentos.
Essa fase do treinamento exige do atuante resistência a fadiga, domínio das potências energéticas estudadas na primeira fase do treinamento, ou seja, o uso consciente da respiração, disciplina na realização de tarefas concretas e, outras questões pertinentes, a um futuro processo criativo frutificador.
As “Cenas (circuitos)” além dos benefícios citados anteriormente, possibilitam e potencializam uma espécie de “limpeza” no corpo dos participantes, retirando espasmos musculares e eliminando resistências corpóreos-vocais desnecessárias.
Toda gama de exercícios e trabalhos dessa fase do “Cênico Funcional”, devem ser realizadas com um empenho de concentração, fator imprescindível no desenvolvimento das estratégias que facilitarão a execução das “cenas”, como também, uma das metas primordiais dessa fase é acrescentar uma consciência psicofísica progressiva.
Equilíbrio, ritmo, foco, exploração e compreensão espacial:
Alguns exercícios especiais compõem a última fase do treinamento “Cênico Funcional”, tais exercícios visam desenvolver habilidades importantes no atuante.
Atividades diversas utilizando disco de equilíbrio, raquetes e bolas estimulam a busca ativa no desenvolvimento de competências que envolvem equilíbrio, ritmo e foco. Outras atividades e dinâmicas, envolvendo o domínio e exploração espacial, são propostas as atrizes, atores e performers no intuito da descoberta e superação de suas dificuldades na perfeita apropriação do espaço-tempo.
A dança pessoal:
A última fase dessa ação formativa propõe o investimento dos participantes na conquista das ações físicas. Nesse momento, através de estímulos e desafios cênicos, exige-se dos atuantes uma vontade dinamizada. Conceitos como atordoamento e corporificação da mensagem, deverão ser traduzidos em partituras de ações físicas. Possibilitando o domínio espaço-temporal, dilatação corpóreo-vocal, estados vibráteis e demais potências exigidas no fenômeno teatral.
O “Treinamento Cênico Funcional”, juntamente com a oficina “Autonomia e Criatividade” coordenada pelo ator Luciano Melo, assumem novos protagonismos nas ações formativas desenvolvida internamente pelo Coletivo Piauhy Estúdios das Artes, o objetivo é formatar atitudes metodológicas que possam, além de potencializar os membros do grupo, servir de fundamentação para oficinas e cursos de curta e média duração oferecidos a comunidade artística em geral pelos membros do Coletivo.
Após o treinamento os Atuantes são convidados a produzir um texto reverberando todas as sensações acolhidas. Segue abaixo:
3° ENCONTRO
A necessidade de respirar. Respirar em harmonia com o corpo. Não uma respiração como dispositivo unicamente da vontade, mas como parte integrante da totalidade corpo-emoções-imaginação. Num certo momento do trabalho de hoje, a respiração estava em todo meu eu.
Desenvolver a respiração como algo natural e a serviço do atuante. No início, precisa observar (e ser observado pelo regente que orienta os exercícios), fazer correções, perceber as mudanças no seu todo a partir da respiração. Com o desenvolvimento dos exercícios, a respiração cresce em você como você cresce com a respiração.
Importante: não duvidar da potencialidade transformadora dos exercícios de respiração propostos. Entregue-se.
O condicionamento físico do ator. Este, entre outras coisas, garante base para a liberdade criativa do atuante. A expressão passa necessariamente por toda a integridade do ser ator. O corpo precisa estar disponível. As emoções devem estar livres e sem as travas do ressentimento, do medo, do ridículo ou dos traumas. A imaginação, uma das bases do atuante, também comunga com essa integridade do atuante.
O condicionamento físico deve constituir-se, assim, um projeto de aprimoramento do atuante. Quanto mais disponível corporalmente, menos as tensões memorizadas pelo corpo travam o campo das expressões do ator. Quanto mais o corpo se liberta, mais as atenções e interesses do ator se voltam para suas imagens, sensações e emoções.
Além de tudo, o condicionamento físico oferece segurança para os desafios do trabalho criativo do atuante.
Outro ponto fundamental: concentração. Esta significa atenção ao proposto. Também compreende observação de todo seu eu para o trabalho. Foco no trabalho, nos seus propósitos e nos colegas de cena. Quanto mais percebemos/sentimos esse processo de construção dos objetivos criativos, mais nos disponibilizamos para o jogo expressivo do teatro. Trabalhar mais e mais a disponibilidade para o trabalho criativo.
Assim, o atuante deve colocar-se à disposição: atenção aos exercícios propostos, entrega na execução dos exercícios, observação inspiradora para mudar todo o criar do atuante... Não se dedicar aos exercícios maquinalmente. Pelo contrário, para o trabalho de criação deve estar totalmente mobilizado.
Essa mobilização criativa é uma construção processual e progressiva. Basta dedicar-se ao trabalho individual e coletivo, além de partilhar com os colegas as descobertas e transformações do atuante criativo.
Essa harmonização integral entre concentração, imaginação, disponibilidade criativa, consciência, liberdade corporal, emocional e criativa é condição para o desenvolvimento maior do trabalho do atuante. Uma busca constante que transforma, pouco a pouco, o ator criador.